Por norma
leio um livro de não ficção ao mesmo tempo que leio um romance, pelo que é
natural que tenha alguns de que queira falar aqui, apesar da ficção ser o meu
género de eleição.
A Força do Hábito é um livro extraordinariamente bem escrito, com um estilo que agarra e cativa, transformando a experiência de leitura em algo muito gratificante, entusiasmante e uma série de outros predicados que tantas vezes estão ausentes neste tipo de literatura.
No outono de 1993, um
homem que viria a tornar possível sistematizar muito do que hoje sabemos sobre
hábitos entrou num laboratório de San Diego para uma reunião aprazada. (...) Cerca de um ano atrás, Eugene Pauly, estava em sua casa a preparar-se para
jantar, quando a mulher referiu que o filho do casal, Michael, vinha
visitá-los.
«Quem é esse Michael?», perguntou Eugene.
«O teu filho», responde a mulher, Berverly. «O que criámos juntos, estás a ver?»
Eugene olhou Beverly inexpressivamente: «Quem é esse?», perguntou.
«Quem é esse Michael?», perguntou Eugene.
«O teu filho», responde a mulher, Berverly. «O que criámos juntos, estás a ver?»
Eugene olhou Beverly inexpressivamente: «Quem é esse?», perguntou.
Pegando em pedaços de vidas, de experiências - as mais díspares, peculiares e interessantes - e de movimentos que marcaram a história das organizações e da sociedade ocidental, o autor traz à luz uma série de mecanismos impressionantes do funcionamento humano, organizacional e civilizacional, aparentemente de pormenor e, por isso mesmo, difíceis de percepcionar, que norteiam de forma determinante o nosso comportamento, assim como os caminhos que tantas vezes percorremos, sem nos darmos conta ou conseguirmos compreender e, por conseguinte, alterar.
Pontuação: 8/10

Sem comentários:
Enviar um comentário