A arte subtil de saber dizer que se f*da (Mark Manson)

Mark Manson é um sucesso de vendas e não é por acaso. De uma forma simples e descomplicada, coloca-nos perante questões que tomamos por seguras e inabaláveis, verdades adquiridas não sabemos bem onde, nem porquê, capazes de moldar o que pensamos, o que fazemos e até o que sentimos, ao longo de uma vida inteira, de forma quase inquestionada.

Nós sofremos, pela simples razão de que sofrer é biologicamente útil. É o agente preferido pela natureza para inspirar mudança. (...) Estamos programados para nos tornarmos insatisfeitos com o que quer que tenhamos e satisfeitos apenas por aquilo que não temos. Esta constante insatisfação manteve a nossa espécie a lutar e a esforçar-se, a construir e a conquistar.

Estamos sempre a fazer escolhas - mesmo quando não nos apercebemos, o próprio acto de não fazer uma escolha, é uma escolha em si - e essas escolhas têm por base aquilo que (mais) valorizamos. São também esses valores que determinam aquilo que sentimos - felizes ou insatisfeitos - com aquilo que alcançámos e que nos permitem definir para onde queremos ir. Manson descreve um conjunto de valores considerados positivos, que se revelam verdadeiras armadilhas - "o prazer é óptimo, mas é um valor péssimo para se tornar a prioridade da nossa vida" - nas quais tantas (e tantas) vezes caímos.

A tomada de decisões com base na intuição emocional, sem o auxílio da razão para as manter na linha, é quase sempre um disparate. (...) Uma obsessão e investimento excessivo nas emoções falha-nos pela simples razão que as emoções nunca são duráveis. O que nos faz felizes hoje, já não o fará amanhã, porque a nossa biologia precisa sempre de algo mais.

Vale a pena dedicar umas horas no sofá - na praia, nos transportes ou na fila do supermercado - para perceber um pouco melhor sobre o que andamos por aqui a fazer. 

Pontuação: 9/10
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