Num momento ou noutro, todos tentamos silenciar emoções dolorosas. Mas quando conseguimos não sentir nada, perdemos os únicos meios que temos para saber o que nos magoa e porquê.
Quero mudar, mas não se isso implicar uma mudança, diz a certa altura um paciente, levando Grosz a referir, de forma tão simples e clarividente, que a mudança e a perda estão profundamente associadas - uma não existe sem a outra - pelo que a perda assombra este livro.
A maior parte de nós, uma vez por outra, sentiu-se aprisionado por coisas em que pensava ou que fazia, presa de impulsos ou opções insensatas; enredada pela infelicidade ou pelo medo; cativa pela sua própria história.
Um livro com vidas dentro. Vidas descritas com a minúcia (não necessariamente factual) e a argúcia que apenas um cerzir laborioso como o de Stephen Grosz - que é, além do mais, um excelente contador de histórias - poderia permitir.
Classificação: 8/10
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