Andrew Solomon foi um dos autores de não ficção que mais gostei de ler nos últimos anos. O Demónio da Depressão começa com uma afirmação tremenda, ao dizer que a depressão é a imperfeição do amor e prossegue dizendo:
O livro, redigido com uma sensibilidade extraordinária e uma beleza invulgar, tem por base um sem número de testemunhos que o autor - ele próprio vítima de depressão durante toda a sua vida - recolhe junto de diversas pessoas que viveram ou acompanharam de perto processos depressivos graves.
Ao longo de diversos capítulos, o autor revela não só o lado negativo da doença - como foi vivido - mas também o outro lado, como foi ultrapassado (ou gerido) em cada um dos casos, revelando pequenas nuances que fazem a diferença entre viver com depressão ou ser vivido por ela, e termina com uma extensa investigação sobre os diversos tratamentos e abordagens actualmente disponíveis. Tudo num tom muito intimista, despretensioso e exaustivo, sem nunca ser - apesar das suas 816 páginas – minimamente extenuante.
Pontuação: 9/10
Sinopse aqui
Para sermos criaturas que amamos, temos de ser criaturas capazes de desesperar com o que perdemos, e a depressão é o mecanismo desse desespero. Quando surge, degrada o indivíduo e acaba por eclipsar a capacidade de dar ou receber afeto. É a solidão dentro de nós que se manifesta e que destrói não só as nossas ligações aos outros como a capacidade de estarmos em paz com nós mesmos. O amor, apesar de não ser profilático contra a depressão, é o que ampara a mente e a protege dela mesma.
O livro, redigido com uma sensibilidade extraordinária e uma beleza invulgar, tem por base um sem número de testemunhos que o autor - ele próprio vítima de depressão durante toda a sua vida - recolhe junto de diversas pessoas que viveram ou acompanharam de perto processos depressivos graves.
A vida está repleta de tristezas: façamos o que fizermos, acabamos por morrer; todos estamos aprisionados na solidão de um corpo autónomo, o tempo passa, e o que foi não voltará a ser.
Ao longo de diversos capítulos, o autor revela não só o lado negativo da doença - como foi vivido - mas também o outro lado, como foi ultrapassado (ou gerido) em cada um dos casos, revelando pequenas nuances que fazem a diferença entre viver com depressão ou ser vivido por ela, e termina com uma extensa investigação sobre os diversos tratamentos e abordagens actualmente disponíveis. Tudo num tom muito intimista, despretensioso e exaustivo, sem nunca ser - apesar das suas 816 páginas – minimamente extenuante.
Pontuação: 9/10
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