Os últimos três anos


Juntando as leituras dos dois anos que antecedem o que agora finda, não chegam ao número de livros que consegui percorrer em 2024. Foram dois anos absorvida noutros campos, para perceber que não há outro como este, da imersão na leitura.

Livros 2024

  1. A Suite Francesa

  2. Olhem para o mundo com o coração 

  3. O drama de ser uma criança

  4. Extensão do Domínio da Luta

  5. Razões para viver 

  6. Dois

  7. Maniac

  8. Antes que o café arrefeça 

  9. Serviçais

  10. A escrita ou a vida

  11. O vício dos livros

  12. A breve vida das flores 

  13. Indice Médio de Felicidade 

  14. Palavras que tocam a alma

  15. Não haverá mais amanhãs

  16. Diário de um homem supérfluo 

  17. A amiga genial

  18. A Biblioteca da meia noite

  19. Lugares Escondidos da Mente

  20. A Imperatriz Viúva

  21. Manual de Sobrevivência do Escritor 

  22. História do Novo Nome

  23. História de quem vai e de quem fica

  24. História da Menina Perdida

  25. Agridoce 

  26. O lago dos sonhos

  27. Nunca se perde uma paixão 

  28. Escrever

  29. O que eu sei de mim

  30. Cartas a Milena

  31. Grandes Vidas Breves

  32. Sapiens

  33. O Ano do Pensamento Mágico 

  34. Só depende de ti

  35. A irmã 

  36. Meio Sol Amarelo


Livros 2023

  1. O retorno

  2. O meu nome é Lucy Barton

  3. O Jovem Torless

  4. Tudo é possível 

  5. Reiventar-se

  6. A Boa Sorte (Rosa Montero)

  7. Violeta (Isabel Allende)

  8. As regras da casa

  9. Emigrantes (Ferreira de Castro)

  10. De olhos fixos no sol

  11. Dom Casmurro

  12. Em parte incerta

  13. O seu filho precisa de si

  14. Shugguie Bain

  15. O corpo não esquece

  16. Humilhados e Ofendidos

  17. Memória de Rapariga 


Livros 2022

  1. Casei com um Massai

  2. A Carne

  3. Talvez devesse falar com alguém 

  4. As regras da cortesia 

  5. O País dos Outros 

  6. Uma vida (Guy de Montpassant)

  7. Pessoas Comuns

  8. O homem mais feliz do mundo 

  9. Almas imperfeitas 

  10. A irmã de Freud

  11. Amor que mata 

  12. O Mayor de Casterbridge

  13. Os vícios dos escritores 

  14. Escolhe-te a ti mesmo

  15. Uma paixão simples 

  16. O acontecimento 

  17. Os Beijos

  18. Conhecer, amar e curar a sua criança interior 



O que Li em 2021

  1. E Tudo o Vento Levou II

  2. Viver sem chefe

  3. Culpa

  4. Factfulness

  5. Consentimento 

  6. Foco

  7. Vidas Escritas 

  8. O senhor das almas

  9. Porque escolhi viver

  10. Uma noite de inverno

  11. Reféns das próprias emoções 

  12. Um coração simples 

  13. A praia (Pavesse) 

  14. Regresso a Reims

  15. Estou viva, estou viva, estou viva

  16. A Contraluz 

  17. Solidão

  18. Até ao fim da Terra 

  19. Viagem ao Amor

  20. Segunda Vida

  21. Coração tão branco

  22. Doutor Jivago

  23. O coração é o último a morrer

Até ao Fim da Terra (David Grossman)

O que nos leva a escolher um livro, quando o abrimos e folheamos por um momento? A capacidade de revelar aquilo que é inacessível aos olhos, todo um mundo de reacções, pensamentos, reflexões, sentimentos e emoções que perpassam no íntimo de cada um de nós nas mais ínfimas fracções de segundos.

Todo este universo de acontecimentos - que não vemos do lado de fora, de que por vezes nem o próprio tem consciência - é infinitamente mais denso, mais rico e fascinante do que a soma de tudo aquilo que nos permitimos exteriorizar, que mostramos ao longo do nosso dia-a-dia.

Grossman tem precisamente essa capacidade, de revelar mundos internos, de escrutinar e analisar milionésimos de segundo que compõem cada fracção da vida interior dos seus personagens, e é isso que faz deste livro uma obra tão sedutora, na qual mergulhamos a fundo e nos hipnotiza ao longo de mais de 600 páginas.

Queria que ela se fosse embora. Que voltasse. Que voltasse a ser como era antes. Aquela coisa que eles tinham tecido nas últimas noites, o deslumbramento, o suave segredo, arrefeceu e desapareceu imediatamente. E se calhar nem sequer existia, só na cabeça dele, como sempre.  

Pontuação: 8/10
Sinopse aqui 

Os livros que li em 2020

Este ano foi bastante atípico (também) até ao nível da leitura. Não só tive uma tese para concluir, como a pandemia se meteu pelo meio, perturbando a concentração e o ritmo de leitura. 
Aqui fica, pois, a lista do que li em 2020: 
    1. A Balada do Medo (Norberto Morais)
    2. Um homem apaixonado (Karl Ove Knausgård)
    3. Factotum (Charles Bukowski)
    4. Homo Deus (Yuval Noah Harari)
    5. As pessoas felizes lêem e bebem café (Agnès Martin-Lugand) 
    6. Quando a mente adoece (Pedro Afonso) 
    7. Todas as Almas (Javier Marías) 
    8. Esteiros (Soeiro Pereira Gomes) 
    9. Antes do Amanhecer (Somerset Maugham) 
    10. A Barreira Invisível (Pat Barker)
    11. O Animal Social (David Brooks)
    12. Factotum (Charles Bukowski)
    13. A arte subtil de dizer que se f*da (Mark Manson)
    14. A Amante Holandesa (J. Rentes De Carvalho)
    15. Crime e Castigo Fiódor Dostoiévski
    16. Inês da Minha Alma (Isabel Allende)
    17. Fanny Owen (Agustina Bessa-Luís)
    18. E, de repente, a alegria (Manuel Vilas)
    19. Os Óculos da Felicidade (Rafael Santandreu)
    20. O Enigma do Quarto 622 (Joël Dicker)
    21. Alves & Cª (Eça de Queirós) 
    22. Longa Pétala de Mar (Isabel Allende)
    23. O Quarto de Geovanni James Baldwin
    24. O amor não se aprende na escola (Joaquim Quintino Aires)
    25. A Vida é um Sopro (Miguel Estrada e Coimbra de Matos)
    26. E tudo o vento levou Vol. I (Margaret Mitchell)

                                                        E, de repente, a alegria (Manuel Vilas)


                                                        Apesar do título, Manuel Vilas não foge nem esconde a natureza atormentada que nos deu a conhecer no seu primeiro livro - a que, de alguma forma, aqui parece dar continuidade - nas suas deambulações pelo seu mundo interior, despertado e espicaçado por tudo aquilo que o rodeia. 

                                                        Eu, como sempre, procurava nas cidades algum tipo de verdade ou de beleza, algum tipo de revelação intelectual, coitado de mim, quanto subdesenvolvimento espanhol acarretei às costas, a peste do Franquismo sempre às costas.

                                                        É possível encontrar, a espaços, a alegria. Mas a tonalidade é outra. Talvez seja isso, aliás, a presença desse negrume, dessa melancolia, que permite sentir a alegria e o êxtase que aqui e ali marcam a sua escrita. 

                                                        Estivemos aqui em Zurique e voltei doze anos depois, sendo um homem completamente diferente do que veio cá em 2007. E penso nessa metamorfose do meu corpo e da minha alma e não posso senão sentir-me agradecido a alguma forma de destino. Pois sei que não era feliz nesse ano 2007, não era. Não, não era. É muito possível que nunca o seja. Mas uma coisa é certa: estou a tentar, de uma forma esfarrapada. 

                                                        Pontuação: 9/10
                                                        Sinopse aqui 

                                                        Foco (Daniel Goleman)

                                                        A probabilidade da nossa mente estar a divagar no exacto momento em que fazemos qualquer coisa é de 50%. E para onde divaga a nossa mente, nessa deambulação constante e persistente? Para onde nos leva, a toda a hora e a todo o momento em que nos encontra distraídos? Sítios escuros, becos sem saída, zonas nebulosas do mundo emocional e maioritariamente ruminativo...

                                                        A divagação da mente tende a centrar-se no nosso eu e nas nossas preocupações: tudo o que tenho de fazer hoje; o que não devia ter dito àquela pessoa; o que lhe devia afinal ter dito.

                                                        "Embora a mente por vezes vagueie até pensamentos ou fantasias agradáveis, parece mais frequente gravitar em redor da reflexão e da preocupação". Quando estamos focados, concentrados em alguma coisa que genuinamente nos absorve, a passagem por via da qual esse deambular tortuoso nos invade fica vedada. Não será esse o grande privilégio da infância? A capacidade que as crianças têm de estarem presentes em tudo aquilo que fazem, em cada coisa que observam, em que se envolvem? E no entanto, chegados à idade adulta, não é preciso ser um mestre zen para conseguir esse grau de concentração, essa abstração dos pensamentos periféricos (que habitualmente se repartem entre as angústia do passado e as ansiedades do futuro). 

                                                        Um inquérito a milhares de pessoas verificou que o foco no aqui e agora era mais elevado quando estavam a fazer amor, exercício físico, a falar com alguém ou a tocar um instrumento musical. 

                                                        Quando nos damos conta da capacidade que temos de desligar o ruído interior com actividades tão simples, e do privilégio que é entrar nesse estado de quietude mental, passamos definitivamente a valorizar mais cada uma dessas coisas. Mais do que tantas outras que repetidamente nos vendem como sinónimos de felicidade e bem estar. 

                                                        Pontuação: 8/10
                                                        Sinopse aqui

                                                        A arte subtil de saber dizer que se f*da (Mark Manson)

                                                        Mark Manson é um sucesso de vendas e não é por acaso. De uma forma simples e descomplicada, coloca-nos perante questões que tomamos por seguras e inabaláveis, verdades adquiridas não sabemos bem onde, nem porquê, capazes de moldar o que pensamos, o que fazemos e até o que sentimos, ao longo de uma vida inteira, de forma quase inquestionada.

                                                        Nós sofremos, pela simples razão de que sofrer é biologicamente útil. É o agente preferido pela natureza para inspirar mudança. (...) Estamos programados para nos tornarmos insatisfeitos com o que quer que tenhamos e satisfeitos apenas por aquilo que não temos. Esta constante insatisfação manteve a nossa espécie a lutar e a esforçar-se, a construir e a conquistar.

                                                        Estamos sempre a fazer escolhas - mesmo quando não nos apercebemos, o próprio acto de não fazer uma escolha, é uma escolha em si - e essas escolhas têm por base aquilo que (mais) valorizamos. São também esses valores que determinam aquilo que sentimos - felizes ou insatisfeitos - com aquilo que alcançámos e que nos permitem definir para onde queremos ir. Manson descreve um conjunto de valores considerados positivos, que se revelam verdadeiras armadilhas - "o prazer é óptimo, mas é um valor péssimo para se tornar a prioridade da nossa vida" - nas quais tantas (e tantas) vezes caímos.

                                                        A tomada de decisões com base na intuição emocional, sem o auxílio da razão para as manter na linha, é quase sempre um disparate. (...) Uma obsessão e investimento excessivo nas emoções falha-nos pela simples razão que as emoções nunca são duráveis. O que nos faz felizes hoje, já não o fará amanhã, porque a nossa biologia precisa sempre de algo mais.

                                                        Vale a pena dedicar umas horas no sofá - na praia, nos transportes ou na fila do supermercado - para perceber um pouco melhor sobre o que andamos por aqui a fazer. 

                                                        Pontuação: 9/10
                                                        Sinopse aqui 

                                                        O Ano da Morte de Ricardo Reis (José Saramago)

                                                        Se nos fosse concedido o privilégio de voltar a ler, pela primeira vez, aquele livro que nos marcou de forma tão singular... O impacto seria o mesmo? Desconfio que não. As nossas circunstâncias seriam outras, somos diferentes hoje daquilo que seremos amanhã, pelo que aquilo que nos tocou num determinado período da nossa vida, ressoaria de forma diferente em qualquer outro. Ainda assim, correndo o risco de perder esse impacto tremendo e as marcas indeléveis que me ficaram da leitura deste livro, gostaria de poder pegar-lhe, uma vez mais, sem saber o que estava prestes a encontrar.  

                                                        Ricardo Reis sorriu também, com maior demora, disse, Tenho muito gosto, ou qualquer frase parecida com esta, que as há igualmente banais, quotidianas, embora seja caso muito lamentável não gastarmos nós algum tempo a analisá-las, hoje vazias, repisadas, sem brilho em cor, lembrando-nos só de como teriam elas sido ditas e ouvidas nos seus primeiros dias, Será um prazer, Estou todo ao seu dispor, pequenas declarações que fariam hesitar quem as dissesse, pela ousadia, que faziam estremecer de temor e expectativa que as ouvisse, estava-se então  no tempo em que as palavras eram novas e os sentimentos começavam. 

                                                        Este foi um dos livros da minha vida, pela sua simplicidade - na escrita, nos cenários, no tempo e no espaço em que decorre (Lisboa dos anos 30, para cujas ruas somos catapultados e onde parece que efectivamente vivemos, depois de termos habitado estas páginas) - e pela forma magnífica como faz ressaltar, no meio dessa simplicidade, o essencial da existência: as relações humanas, os pequenos gestos, os pensamentos mais ínfimos e discretos que insistentemente perfuram a superfície e nos mantêm em contacto connosco, os detalhes em cada coisa que fazemos, sentimos e dizemos. Os momentos singelos, esses de que é composta toda uma vida.   

                                                        Ricardo Reis almoçou sem ligar a dietas, ontem foi fraqueza sua, um homem, quando desembarca do mar oceano, é como uma criança, umas vezes procura um ombro de mulher para descansar a cabeça, outras manda vir na taberna copos de vinho até encontrar a felicidade, se lá a puseram antes, outras é como se não tivesse vontade própria, qualquer criado galego lhe diz o que deve comer, uma canjinha é que calhava bem ao combalido estômago de vossa excelência. 

                                                        Pontuação: 10/10
                                                        Sinopse aqui

                                                        E, de repente, a alegria

                                                        «Tudo aquilo que amámos e perdemos, que amámos imensamente, que amámos sem saber que um dia nos seria roubado, tudo aquilo que, após a sua perda, não conseguiu destruir-nos - embora tenha insistido com forças sobrenaturais e procurando a nossa ruína com crueldade e afinco - acaba, mais tarde ou mais cedo, transformado em alegria.» 

                                                        Manuel Vilas

                                                        O Animal Social (David Brooks)


                                                        Através da história de Harold e Erica, que acompanhamos desde o nascimento até à morte, David Brooks faz-nos um périplo pela existência humana, nos seus dilemas, complexidades e lugares comuns - mas não necessariamente evidentes - da vida de todos nós.

                                                        As crianças são treinadas para saltar milhares de graus académicos e, no entanto, as decisões mais importantes que tomarão têm que ver com quem casarão, de quem se tornarão amigas, o que amar e o que desprezar e como controlar os impulsos. Essas questões ficam praticamente entregues à sua sorte.

                                                        Como se tivessemos uma espécie de lente amplificadora dirigida a cada uma das delicadas fibras que compõem o tecido da vida humana - o amor, a família, o trabalho, a cultura, as escolhas e decisões, a política, a moralidade, a busca de significado, a velhice - vamos percorrendo os vários capítulos da vida destas duas pessoas, que podiam ser qualquer um de nós.

                                                        Grande parte da vida tem que ver com o insucesso, quer o reconheçamos, quer não, e o nosso destino é profundamente moldado pela nossa capacidade de aprender com o insucesso e de a ele nos adaptarmos.

                                                        O afecto, dedicação e amparo dos nossos pais - ou a falta dele - a valorização da educação e da cultura no contexto familiar, a estabilidade ou a insegurança do ambiente à nossa volta, cada um destes ingredientes acompanha-nos ao longo da vida, determinando a forma como nos posicionamos perante o mundo e os outros, influenciando a forma como encaramos tudo o que nos rodeia. 

                                                        Não somos quem julgamos ser, conclui Brooks a propósito do papel oculto e tantas vezes insuspeito que o inconsciente detém no percurso de uma vida, nas escolhas que fazemos, nas decisões que tomamos. 

                                                        O inconsciente é impulsivo, emocional, sensível e imprevisível. Precisa de supervisão. Mas pode ser brilhante. É capaz de processar uma catadupa de dados e, de forma ousada, dar saltos criativos. Acima de tudo, é também maravilhosamente gregário. O vosso inconsciente, esse extrovertido interior, quer que olhem à volta e se relacionem.

                                                        Se há livros que conversam connosco, este é um deles. E é uma conversa que gostaríamos que não acabasse. 

                                                        Pontuação: 9/9

                                                        Sinopse aqui

                                                        O Amor em Tempos de Cólera (Gabriel García Márquez)


                                                        Há amores que perduram para lá do tempo e de todas as probabilidades. O amor do protagonista desta história inigualável e o amor que guardamos para sempre a esta obra, depois de a conhecermos.

                                                        Era ainda demasiado jovem para saber que a memória do coração elimina as más recordações e exalta as boas e que, graças a esse artifício, conseguimos suportar o passado.

                                                        García Márquez dispensa apresentações e escreveu esta história de amor, desejo e persistência, delineada nos cenários fulgurantes de uma pequena cidade portuária do Caribe, grassada pela pobreza e pela cólera. Ao conhecer Fermina Daza, Florentino acredita que nunca mais estará sozinho. A partir desse dia alimenta um amor pelo qual se decide a esperar toda a vida, sem considerar o risco - insidioso e irrevogável - de desperdiçar a própria existência.

                                                        De modo que na tarde em que viu as andorinhas nos cabos da luz, reviu todo o seu passado desde a sua recordação mais antiga, reviu os seus amores de ocasião os incontáveis obstáculos que tivera de ultrapassar para chegar a um cargo de chefia, os inúmeros incidentes que lhe provocaram a sua determinação encarniçada de que Firmina Daza fosse sua e ele dela, passando por cima de tudo e indo contra tudo, e só então descobriu que a sua vida estava a gastar-se.

                                                        Desse lugar perdido na América Colonial dos finais do século XIX, ficam-nos as impressões mais indeléveis. Um lugar que passamos a conhecer em profundidade - as gentes, os costumes, os sons, as cores, os ritmos - sem nunca lá termos estado fisicamente.

                                                        Era inevitável: o cheiro das amêndoas amargas recordava-lhe sempre o destino dos amores contrariados. O doutor Juvenal Urbino sentiu-o assim que entrou na sala, ainda mergulhada em penumbra, onde fora de urgência para tratar de um caso que, para ele, já tinha deixado de ser urgente há muitos anos.

                                                        Pontuação: 10/10

                                                        Sinopse aqui

                                                        Livros para a quarentena


                                                        «A essência da loucura é a solidão. Uma solidão psíquica absoluta que provoca um sofrimento insuportável. Uma solidão tão superlativa que não cabe dentro da palavra solidão e que não pode ser imaginada por quem não a conheceu.» 
                                                        A Louca da Casa, de Rosa Montero